
Ainda na quarta-feira, os secretários Ivan Serigato Júnior (Urbanismo, Segurança, Trânsito e Defesa Civil), Geraldo Lesbão Meira, o Mineiro (Serviços Municipais e Meio Ambiente), e o diretor do Departamento de Trânsito, José Nildo Dantas, o Galego, concederam entrevista coletiva, explicando sobre os problemas que a chuva havia causado na cidade até aquele momento, as providências emergenciais que estavam sendo tomadas, e os motivos da decretação do Estado de Atenção.
Ivan informou que todas as Secretarias da Prefeitura estavam trabalhando de forma conjunta, com as equipes fazendo os atendimentos emergenciais e preventivos. “Estamos fazendo um levantamento detalhado sobre a situação, mas pedimos que a população evite áreas com risco de alagamento. O Decreto assinado pelo prefeito Chico Dumont, é uma medida preventiva”.
Sobre os índices pluviométricos, o Secretário de Urbanismo passou dados importantes: “nos 31 dias de janeiro de 2015, o índice atingiu 107 milímetros, e apenas entre as 7 horas da manhã de terça-feira (12) e as 7 horas da manhã de quarta-feira, alcançamos 121 milímetros”.
Já o Secretário de Serviços Municipais esclareceu, que o volume de água do rio São Lourenço ainda era muito grande, e não baixava, “porque provavelmente tivemos rompimento de represas e curvas de nível em propriedades particulares. Essa água não é apenas água de chuva. Precisamos apurar o que ocorreu. Felizmente a represa de contenção da Faria Lima está conseguindo suportar o volume de água. Importante ressaltar, que quando tivemos aquela chuva torrencial, em novembro de 2014, vivíamos um outro cenário. Vínhamos de uma forte estiagem, e choveu muito em poucas horas. Agora, tem chovido praticamente todos os dias, o solo está saturado, não absorve mais a água”.
Em sua explanação, José Nildo Dantas, o Galego, disse que os agentes de trânsito estavam de prontidão para as interdições que se fizessem necessárias. “As áreas mais atingidas foram Jardim Primavera, São José e IV Centenário. As famílias desabrigadas optaram em ir para a casa de parentes, mas se for necessário, alojaremos aqueles que precisarem, em outros locais”.
Para complicar ainda mais a situação, nova chuva forte atingiu a cidade na madrugada de quinta-feira (14), alcançando a marca de 123 milímetros. Pelos índices levantados, em aproximadamente 36 horas, tivemos 244 milímetros de chuva em Matão. Nos 14 primeiros dias do ano, esse número chega a 369 milímetros. Para se ter uma ideia do que representa esse volume de água, nos últimos 25 anos, pegando somente o mês de janeiro, a média de chuva é de 421 milímetros, ou seja, em 14 dias choveu 88% do que deveria chover no mês inteiro, tomando como base a média dos últimos 25 meses de janeiro.
Por conta dessa situação, o prefeito Chico Dumont foi para São Paulo na manhã de quinta-feira, munido de minuciosos relatórios preparados por sua equipe de trabalho, além de CDs e DVDs com fotos e vídeos dos transtornos causados pela chuva. “Vou em busca de ajuda na Casa Militar, na Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Espero obter êxito nas solicitações, e que o Governo do Estado esteja sensível às nossas reivindicações, a partir dos problemas registrados em Matão, por essa grande quantidade de chuva, em dias seguidos. Felizmente as perdas foram apenas materiais, e já determinamos que todas as secretarias da administração trabalhem no auxílio aos necessitados”.
Estado de Atenção
Sobre a decretação do Estado de Atenção em Matão, o prefeito Chico Dumont disse que considerou o fato de que “chuvas muito fortes estão caindo em todo o Estado de São Paulo, e em Matão não é diferente, causando prejuízos e danos, e essas ocorrências devem se estender, segundo as informações, até sábado (16). Assim, vimos a necessidade da adoção de medidas preventivas, sendo de extrema importância que a população siga as orientações dos órgãos de Defesa Civil da cidade, para que vidas sejam preservadas e desastres sejam evitados. A Coordenadoria de Defesa Civil intensificará o monitoramento e avaliação da necessidade de remoções preventivas das moradias em situação de risco, bem como estará atenta a riscos de alagamentos em ruas e avenidas, realizando bloqueios e rotas alternativas de trajetos, se houver a necessidade”, esclareceu o Prefeito.
Fonte: A.I.P
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TiligaEscrito por: Gabriel Mailon,
TiligaPostado às 08:46 Por Julio Marcelo.