A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, por unanimidade, proibir o uso da vacina Coronavac para imunização de crianaças e adolescentes contra a covid-19 no Brasil. A decisão foi tomada em reunião do colegiado nesta 4ª feira (18.ago), pelos diretores da agência considerarem a necessidade de mais estudos antes da ampliação para quem tem de 3 a 17 anos.
A análise levou em conta um pedido protocolado pelo Instituto Butantan no final de julho. Apesar de não aprovarem o aumento, diretores da agência destacaram a importância do uso do imunizante para vacinação no país. A Anvisa também optou por manter o uso emergencial da vacina.
Meiruze Freitas, relatora do tema e diretora da agência, justificou a decisão pela falta de estudos clínicos sobre o grupo específico. "O Instituto Butantan trouxe um estudo importante, mas um estudo clínico de fase dois. Falta o Butantan ter estudo de fase três em crianças, ou em andamento com resultados parciais", disse.
Terceira dose
Os diretores da agência também recomendaram a terceira dose de reforço da Coronavac para idosos e imunossuprimidos. Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a pasta tem interesse em ampliar uma dose extra para a imunização contra covid-19. Segundo o ministro, a medida deverá começar por grupos prioritários de idosos e profissionais de saúde.
Segundo a diretora da agência, caberá ao Ministério da Saúde avaliar estratégias para aplicação da dose de reforço -- como definir quem recebe primeiro e quando começar com o processo, se antes, ou depois, de toda população estar vacinada.
"No geral, ocorre em grupos em 6 a 8 meses a partir da segunda dose, como no caso do Chile. Mas pode ser modificado a partir de dados e estudos", declarou.