O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) vai demitir o chefe de sua assessoria parlamentar, Ricardo Roesch Morato Filho. Segundo revelou reportagem do Estadão nesta quinta-feira (28), o funcionário está de férias e não retornará às funções no Palácio do Planalto.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta 5ª feira (28.jan) que demitiria o assessor de seu gabinete que enviou mensagens insinuando a articulação por um impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Além de anunciar a exoneração, Mourão confirmou que as mensagens, de fato, foram enviadas. Segundo ele, o assessor "avançou um sinal" e contrariou as suas orientações.
"A conversa, houve. Foi algo que me deixou extremamente, digamos assim, chateado, porque o único patrimônio que eu tenho é a minha honra, né, e a minha honra, ela está ligada à lealdade, são valores que eu não abro mão? Posso algumas vezes discordar de algumas coisas do presidente Bolsonaro, mas jamais vou trabalhar contra ele. E esse meu assessor, ele avançou um sinal. Totalmente fora do foco, fora daquilo que são as minhas orientações. E como consequência ele será exonerado aí, brevemente."
Segundo o Estadão, Morato disse aos colegas ser vítima de uma “armação”. Mourão disse ao jornal O Globo que o funcionário negou ter disparado as mensagens e alegou que seu celular foi hackeado. No entanto, o vice-presidente afirmou que não acreditou na versão.
O gabinete de Mourão chegou a emitir uma nota antes de confirmar a demissão, dizendo que repudiava a “inverdade de toda a narrativa” revelada pelo Antagonista.