O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta sexta-feira (19) a troca do comando na Petrobras. Em nota divulgada em rede social, o mandatário informou que Roberto Castello Branco será substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor geral da usina Itaipu Binacional.
Apesar do anúncio do presidente, não é tão simples trocar a presidência da Petrobras, é necessário seguir um rito. O desejo de Bolsonaro precisa passar pelo Ministro das Minas e Energias. O responsável da pasta precisa enviar uma carta ao presidente do conselho da empresa sugerindo o nome do cargo de conselheiro e presidente, no qual a União deseja eleger. Segundo o estatuto da Petrobras, o presidente precisa vir do conselho.
Atualmente, o conselho da União é formado por sete representantes. Caso o conselho recuse o nome proposto, neste caso, Joaquim Silva e Luna, o desgaste com o atual governo aumenta. Em caso de recusa, a União terá que chamar uma assembleia extraordinária para trocar todo o corpo do conselho.
Ainda existe uma segunda etapa que precisa ser feita antes dos nomes serem aprovados. O nome proposto precisa passar pelo Comitê de Pessoas, liderado por Ruy Schneider, presidente da Eletrobras e, logo após, passar pelo crivo do Comitê de Auditoria.
Todo o processo demora pelo menos duas semanas.
A escolha de Bolsonaro
O general Joaquim Silva e Luna, a escolha do presidente Jair Bolsonaro para assumir a cadeira da presidência da Petrobras, era diretor-geral da Itaipu Binacional e já foi ministro da Defesa durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2018. É visto, dentro do governo Bolsonaro, como uma pessoa de confiança do presidente.
Em seu histórico, o general foi o primeiro militar a comandar o Ministério da Defesa desde 1999, quando o ministério foi criado.