Isso aconteceu no julgamento virtual ao compartilhar a tela de seu WhatsApp no computador. A audiência ocorreu em 22 de março. Participavam da sessão o advogado Raphael Bueno, a juíza Edinéia Carla Poganski, e a advogada Luciana Mattes.
Compartilhando a tela de seu computador no WhatsApp Web, Bueno apresentou uma foto publicada no Facebook que mostraria a advogada em uma confraternização, e questionou o encontro com uma suposta testemunha.
Nas imagens, durante a audiência, o profissional não percebe que está compartilhando a tela na videochamada para todos os participantes e, após receber uma negativa da juíza federal que julgava o caso trabalhista, usa o WhatsApp Web para demonstrar sua insatisfação: “que filha da p***”, escreve e envia para um contato.
Na sequência, vendo a mensagem, a juíza questiona a quem o advogado está se referindo e ele, ainda compartilhando a tela, apaga a mensagem rapidamente e abre outra aba, desta vez do Word, no computador.
“Doutor, o que você escreveu ali? Você escreveu ‘filha da p***”? Quem é filha da p***, Doutor?” diz a juíza ao ver a mensagem. “Não, Excelência”, nega o advogado. “Tá gravando na tela, foi gravado”, argumenta a juíza. O advogado ainda tenta justificar a fala: “Não, não, eu não estou falando de Vossa Excelência, eu estou falando da situação”.
Na sequência, o advogado afirma que a testemunha que estava mentindo e por isso sua indignação com o caso. A mulher rebate: “Ele está me xingando?”, diz ela. Para manter a ordem, a juíza federal pede silêncio e pergunta novamente à quem o advogado se referia no xingamento. Ele volta a afirmar que era com relação à situação e se desculpa pelas palavras.
“É, Doutor, realmente, com todo o respeito, esse não é o tipo de linguajar de um advogado, não é verdade? Então eu espero que isso não se repita, porque é lamentável”.