A Defensoria Pública da União enviou nesta terça-feira, 6, um ofício ao governador de São Paulo, João Doria, pedindo esclarecimentos sobre questões relacionadas à Covid-19 e a vacinação no Estado.
O documento, com 17 questões diferentes, foi assinado pelo defensor público geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira, e pelo defensor nacional de direitos humanos, André Ribeiro Porciúncula. Nele, os representantes da DPU pedem que Doria apresente informações sobre o número de vacinas recebidas por todos os fornecedores, pela União e por aquisição direta do governo, assim como sobre o número de doses aplicadas até o dia 6 de abril de 2021.
O documento também foi enviado para governadores de outras unidades federativas. A Defensoria cobra, entre várias informações, o número efetivo de doses de vacinas recebidas pelo governo de São Paulo dos mais diversos fornecedores - União e empresas fabricantes por meio de aquisição direta - e o número de doses efetivamente aplicadas até terça-feira (6).
Quer ainda, como está num trecho do ofício, que sejam apresentadas razões que justifiquem "a formação de reserva técnica de vacinas para aplicação da 2° dose, ao invés de se priorizar a vacinação do maior número possível de pessoas com a 1° dose, considerando a estimativa de que, com a vacinação em massa de países da América do Norte e Europa, a oferta de vacinas no mundo tende a aumentar exponencialmente nos próximos dias e meses, o que se comprova, aliás, com o aumento exponencial de vacinação no Brasil no último mês com a marca atingida de um milhão de imunizados em um único dia".
Veja a íntegra da nota do governo:
O Governo de São Paulo, a exemplo do Ministério da Saúde e dos demais governos estaduais, também recebeu cópia do ofício de solicitação de informações - feita pela Defensoria Pública da União - e atenderá dentro do prazo. No entanto, ressalta que as informações são públicas e de livre acesso pelos sites: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/transparencia e https://vacinaja.sp.gov.br/, bem como são divulgados diariamente pela comunicação do Governo de São Paulo. A Defensoria deveria questionar por que a União esnobou 130 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19.