A atriz Eva Wilma morreu, aos 87 anos, em decorrência de câncer no ovário. A informação foi confirmada pela equipe da artista. Ela estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 15 de abril. Ainda não há informações a respeito da realização do velório e do sepultamento.
Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini nasceu em São Paulo, em 1933. Após ter tido aulas de canto, balé clássico e piano com Inesita Barroso na adolescência, ela iniciou sua carreira no teatro na década de 50 e fez dois filmes com o diretor Armando Couto e o ator Procópio Ferreira, "O Homem dos Papagaios" e "A Sogra". Na TV, a atriz fez a sua estreia na Tupi, em 1953, no seriado "Namorados de São Paulo (que depois foi rebatizado como "Alô, Doçura").
A série de trabalhos na televisão a colocou como uma das maiores atrizes do Brasil da década de 1970. Em 1968, Eva Wilma e outros artistas participaram de uma greve contra a censura na ditadura militar. Ela e as atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Leila Diniz, Odete Lara, Norma Bengell e Cacilda Becker caminharam de mãos dadas à frente de outros participantes da manifestação no centro do Rio de Janeiro. Eva Wilma fez história com personagens que oscilavam entre mocinhas e vilãs, como as gêmeas Ruth e Raquel da primeira versão de "Mulheres de Areia" (1974), a Dra.
Martha do seriado "Mulher" (1998/1999) e a perversa Altiva, de "A Indomada" (1997). Eva Wilma tinha 70 anos de carreira como atriz e estava afastada da televisão desde 2018, quando fez a novela "O Tempo Não Para", exibida pela TV Globo. Do casamento com o ator John Herbert, que durou entre 1955 e 1976, Eva teve os filhos Vivien Riefle Buckup e John Herbert Riefle Buckup. Ela também esteve casada por 23 anos com o ator Carlos Zara (1930-2002).